Radioactive: Uma História de Brilhantismo e Legado
- Priscila Z Vendramini Mezzena

- 5 de out.
- 2 min de leitura
Publicado em 05/10/2025 na Empowered Newsletter: https://www.linkedin.com/pulse/empowered-vol-402025-october-2025-women-powerup-network-admin-umhsf
Em 1898, Marie Curie e seu marido, Pierre, fizeram uma das descobertas científicas mais revolucionárias de todos os tempos: dois novos elementos, o Polônio e o Rádio. O Rádio, em particular, mudaria a história da humanidade, oferecendo imensos benefícios na medicina, incluindo tratamentos contra o câncer e raios X, mas também contribuindo para consequências destrutivas, desde o desenvolvimento de bombas atômicas até acidentes nucleares. Essa pesquisa deu origem ao próprio conceito de radioatividade.
Nascida na Polônia como Maria Skłodowska, Marie encontrou na Universidade de Paris a oportunidade de aplicar sua curiosidade inabalável. Apesar da escassez de financiamento e recursos, e em um campo onde as mulheres eram quase ausentes, ela perseverou. Em Pierre Curie, ela encontrou não apenas um parceiro na ciência, mas também na vida, alguém que incentivou seu brilhantismo.
Os Curies receberam o Prêmio Nobel de Física em 1903, tornando Marie a primeira mulher a recebê-lo. Mais tarde, ela se tornou a primeira pessoa a ganhar dois Prêmios Nobel (em Física e Química) e a primeira professora da Universidade de Paris.
Notavelmente, o casal nunca patenteou suas descobertas, acreditando que o conhecimento pertencia à humanidade. No entanto, o entusiasmo inicial em torno do rádio levou ao seu uso descontrolado — até mesmo em cosméticos — antes que seus efeitos fossem compreendidos. Tragicamente, essa exposição causou doenças e mortes, e a própria Marie sofreu problemas de saúde por toda a vida.
Após a morte repentina de Pierre, Marie continuou suas pesquisas, mesmo enfrentando preconceito e julgamentos. Durante a Primeira Guerra Mundial, apesar de já estar doente, ela instalou unidades móveis de raios X que permitiram que cerca de 1 milhão de soldados fossem diagnosticados em campo, salvando inúmeras vidas ao evitar amputações desnecessárias.
Seu legado perdurou através de suas filhas: a mais velha, Irène Joliot-Curie, também se tornou laureada com o Prêmio Nobel, reconhecida juntamente com o marido por seu trabalho sobre radioatividade artificial.
Principais conclusões de Radioactive:
Grandes conquistas exigem parcerias – o apoio de Pierre foi fundamental para amplificar o gênio de Marie.
O conhecimento deve servir à humanidade – a recusa em patentear descobertas reflete a ética da ciência como um bem público.
Resiliência diante do preconceito – Marie manteve-se firme apesar do ceticismo e da discriminação.
A ciência tem um impacto duplo – o progresso traz tanto oportunidades quanto riscos; a responsabilidade é fundamental.
Empoderamento por meio de um propósito – mesmo doente, a determinação de Marie em servir durante a Primeira Guerra Mundial mostra como o propósito impulsiona o impacto.
A vida de Marie Curie é um marco na história da ciência e um poderoso testemunho do papel essencial das mulheres no avanço do conhecimento. Sua história nos lembra que determinação, curiosidade e coragem podem iluminar caminhos que mudam o mundo para sempre.
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